XI Festival de Declamação de Poemas de Castro Alves contou com 27 apresentações

Fotos: Genilson Coutinho

No último sábado, 10 de março, foi realizado, com a presença da diretora de Museus do IPAC, Maria Célia T. Moura Santos, e da prefeita de Cabaceiras do Paraguaçu, Romildes Rios, o XI Festival de Declamação de Poemas de Antônio de Castro Alves. Alba Boente, coordenadora do Parque Histórico Castro Alves, iniciou o evento agradecendo a todos “por acreditarem no festival e por estarem aqui, fazendo parte da nossa história”.

Para alguns, o concurso é um importante capítulo de uma relação que vem sendo construída com o Parque ao longo de anos. É o caso de Priscila Machado, 18 anos, e Daniela Menezes, 17 anos, que desde a infância participam das atividades realizadas no espaço e ganharam as duas últimas edições do festival. Neste ano, estavam aflitas por não terem ensaiado a contento. “A faculdade toma muito do nosso tempo, mas, de qualquer forma, sempre viremos prestar homenagem ao poeta”, explicou Priscila.

 

Jansen Flavio Nascimento Pereira e Luísa Cruz Marques dos Santos saíram de Salvador na quarta-feira e só conseguiram chegar em Cabaceiras do Paraguaçu depois de pegar cinco caronas na estrada. Participando pela primeira vez de um festival de poesia, eles apresentaram um dos poemas mais famosos do trovador baiano e entusiasmaram a plateia. “Castro Alves conseguiu trazer o sentimento do Navio Negreiro com palavras e criou versos lindos”, disse Luísa.

Originalidade, dicção, fluência verbal, interpretação e criatividade foram os critérios avaliados pela comissão presidida pelo diretor teatral, ator e poeta, João Figuer, e composta pelo cantor e coordenador do Cine Teatro Solar Boa Vista, Chicco Assis, pelo ator e arte-educador, Bruno Guimarães, pela atriz e educadora do Palacete das Artes Rodin Bahia, Carla Bastos da Silva, e pela atriz Virgínia Marinho. Além deles, Antônio Varjão e Eliete Teixeira, integrantes da equipe técnica do Parque, avaliaram a fidelidade ao texto. Juntos, tiveram a difícil tarefa de assistir 27 apaixonadas apresentações e selecionar as cinco melhores.

De fato, a paixão pela poesia era tanta que enquanto os jurados se recolheram nas dependências do museu para decidir quais seriam os vencedores, os candidatos continuaram recitando para o público poemas de Castro Alves e de escritores contemporâneos como Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes.

Antes de anunciar os cinco primeiros colocados, João Figuer ressaltou que “o mais importante não é o prêmio que está sendo oferecido, mas o que estamos fazendo pela cultura baiana ao valorizar um de nossos maiores poetas”. Já Chicco Assis expressou seu desejo de promover uma atividade que envolva os dois lugares onde Castro Alves residiu em momentos distintos da vida dele: o Parque Histórico e o Solar Boa Vista, no Engenho Velho de Brotas.

Finalmente, perto das 18h, a ansiedade acabou. Vitória Alana Santos Ferreira foi a primeira colocada com o poema “Adeus — Ai criança ingrata!”. Jansen Flavio Nascimento Pereira e Luísa Cruz Marques dos Santos ficaram em segundo lugar por recitarem “O Navio Negreiro”. Com a declamação dos versos de “Bandido Negro”, Juliana Monique de Souza de Araujo e Cláudio da Conceição Silva conquistaram o terceiro lugar. Guiniver Santos Sant Ana apresentou “O voo do gênio” e ganhou a quarta colocação. No quinto lugar, ficaram Nívia Maria Santos Silva e Roquenei Fiuza Lima com o poema “Ahasverus e o gênio”.

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